Primeiro Teaser

Depois de feitas as entrevistas em Porto Alegre, entra em cena as primeiras edições enquanto não se grava as outras entrevistas.

Enquanto isso, lançamos o primeiro de uma série de Teasers que vamos fazer.

1. Preconceito contra ateus. O que eles têm a dizer?

Porto Alegre - do interior à capital

Depois de agendadas as entrevistas em Porto Alegre, pegamos a estrada.

Fomos lá nós, Carine e Fábio, juntamente com o Valmor, da Unisc TV. Saímos no final da manhã para chegar em PoA lá por 13:15 e gravar as 14 horas com o Eli Vieira e a Åsa Heuser, da LiHS.
Gravamos as entrevistas com os dois na Casa de Cultura Mário Quintana.
Contamos ainda com a presença de Guilherme Huyer que nos acompanhou para assistir às gravações.

As entrevistas com o Eli e com a Åsa renderam e eles são ótimas pessoas, acessíveis e contribuiram muito com o documentário.

Eli Vieira e Åsa Heuser sendo entrevistados. Carine e Valmor de Costas.

Às 16:30 era a vez de entrevistar Pablo Villaça, crítico de cinema, e teríamos que ir até o hotel dele. Chegamos lá as 16 horas e fomos montando o equipamento.
Villaça foi até a recepção e à primeira vista ele parecia brabo.  Mas enquanto gravávamos a entrevista percebemos que era só uma primeira impressão. A entrevista com ele também rendeu um ótimo depoimento.

Juntamos os equipamentos e pegamos estrada novamente, para voltar à Santa Cruz do Sul.
A viagem de ida foi tranquila, no tempo certo, mas para voltar levamos 1 hora para ir do centro da capital até o fim de Canoas, cidade vizinha/irmã de Porto Alegre.

Tranqueira em Porto Alegre.

Nossa aventura terminou em torno de 21:15 quando chegamos em casa. Longa viagem longa.

E-mails - a busca por ateus

Enquanto pensávamos no rumo que daríamos ao documentário, tivemos um estalo: Pablo Villaça. Sabíamos que ele era um ateu por tantas vezes criticado no twitter e também sabíamos que ele estaria em Porto Alegre, distante 155km de nossa cidade, Santa Cruz do Sul, na última semana de março ministrando um curso. Entramos em contato com ele por e-mail e o propomos a participar do documentário. Ele aceitou.

De uma coisa nós tínhamos certeza, nós daríamos um jeito de ir à capital gaúcha entrevistar Villaça, só faltava uma coisa: ter como ir até lá. Então pedimos autorização para a coordenação do curso para que alguém nos acompanhasse e nos levasse até PoA. Autorização concedida.

Mas de nada adiantava ir até Porto Alegre para gravar apenas uma entrevista. Então, como conseguir contatos de ateus na capital? Simples, ATEA - Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos.

Enviamos um e-mail para eles e o presidente, Daniel Sottomaior nos respondeu que encaminhou nossa solicitação aos associados de Porto Alegre.

Acredito que não demorou 15 minutos até que os primeiros e-mails começassem a chegar. Eram ateus com várias histórias para contar, ou pessoas para indicar, ou pessoas apenas parabenizando a iniciativa.

Com a grande quantidade de e-mails, tivemos uma ideia para agregar conteúdo ao documentário: autodepoimentos. Que em breve lançaremos uma campanha para quem quiser participar, sem precisar sair de casa.

Algumas pessoas que queríamos entrevistar não podiam devido às poucas horas que passaríamos em Porto Alegre. Mas conseguimos dois entrevistados muito importantes: Eli Vieira e Åsa Heuser, presidente e vice-presidente da LiHS - Liga Humanista Secular do Brasil.

Marcamos as entrevistas para o dia 31 de março e planejamos a viagem e lista de equipamentos.

No próximo post: a ida à Porto Alegre.

O documentário

Nós, Carine Immig e Fábio Goulart, estamos fazendo a dsiciplina Documentário II do curso de Comunicação Social/Produção em Mídia Audiovisual na Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.

Desde o ano passado queríamos fazer um documentário que envolvesse o ateísmo, mas não tocávamos a ideia adiante porque militar o ateísmo é uma coisa muitas vezes chata, assim como propagação de religiões e política. Mas no começo de março deste ano, devido à várias situações que tomaram conta da internet, decidimos focar em um assunto dentro do ateísmo: o preconceito.

Preconceito contra ateus é algo que ainda não tomou as proporções que já deveria ter tomado. As pessoas ignoram o problema, dizem que não existe ou então que é um problema importado de outros países. Mas a verdade é que só se sente vítima desse tipo de preconceito quem passa por isso.

É um preconceito, por muitas vezes, tão grande quanto o preconceito contra raça ou escolha sexual. Quantos casos de pessoas que não conseguem emprego por serem ateus se ouve por aí, quantas pessoas não levam crédito ao trabalho que fazem devido ào seu ateísmo. O que não é nenhum pouco diferente de negros e homossexuais, por exemplo.

Então nosso objetivo é esse: abrir os olhos da sociedade para um problema que existe sim, que está aí para quem quiser ver. E não queremos propagar o ateísmo. Cada um tem direito de escolher acreditar no que quiser, mas a partir do momento em que se é discriminado, julgado por algo que não condiz com a realidade, se torna um problema social, e problemas sociais merecem serem mostrados.